Crononutrição: A Ciência de Comer na Hora Certa
08 de Dezembro, 2025
2 min de leitura
A crononutrição é um campo fascinante da nutrição que estuda como o timing das refeições afeta nosso metabolismo, saúde e bem-estar. Mais do que "o que" comemos, "quando" comemos pode fazer toda a diferença.
Por que jantar e dormir cedo?
Nosso corpo possui um relógio biológico interno (ritmo circadiano) que regula inúmeros processos metabólicos. Quando sincronizamos nossas refeições com esse relógio, otimizamos:
- Digestão e absorção de nutrientes
- Regulação hormonal (especialmente cortisol e insulina)
- Qualidade do sono e recuperação celular
- Controle do peso e composição corporal
O Desafio das 14 Horas
O jejum intermitente de 14 horas é uma das estratégias mais eficazes da crononutrição. Ele permite que seu corpo:
- Complete o processo digestivo da última refeição
- Ative mecanismos de autofagia (limpeza celular)
- Otimize o uso de gordura como fonte de energia
- Reduza a inflamação sistêmica
Para implementar o jejum de 14 horas, você tem duas opções práticas:
- Opção 1: Jantar às 19h e tomar café da manhã às 9h
- Opção 2: Pular o café da manhã e fazer sua primeira refeição no almoço
Hidratação Durante o Jejum
Durante o período de jejum, é fundamental manter-se bem hidratado:
- Água pura (pelo menos 2 litros)
- Chás de ervas (camomila, hortelã, gengibre)
- Café (sem açúcar e com moderação)
- Água com gás ou água com limão
A hidratação adequada ajuda a detoxicar os corpos cetônicos produzidos durante a queima de gordura e mantém o metabolismo ativo.
Benefícios Comprovados
Estudos científicos demonstram que a prática regular do jejum de 14 horas associada à crononutrição pode:
- Melhorar a sensibilidade à insulina em até 30%
- Reduzir marcadores inflamatórios como a PCR
- Promover perda de peso sustentável
- Melhorar a qualidade do sono e energia diurna
No meu consultório, desenvolvo protocolos personalizados de crononutrição que consideram sua rotina, preferências alimentares e objetivos específicos. A chave está na individualização!
Os 5 Erros Mais Comuns que Comprometem sua Digestão
08 de Dezembro, 2025
2 min de leitura
Refluxo, azia, dispepsia, indigestão... Se você sofre com algum desses problemas digestivos, é provável que esteja cometendo um ou mais dos erros que listamos abaixo. A boa notícia é que todos são corrigíveis!
Erro 1: Comer Rápido Demais
A digestão começa na boca! Quando não mastigamos adequadamente:
- O estômago recebe pedaços grandes de comida
- A produção de enzimas digestivas é insuficiente
- Ocorre fermentação excessiva e produção de gases
- Aumenta o risco de refluxo e azia
Erro 2: Beber Líquidos Durante as Refeições
O líquido dilui o suco gástrico e as enzimas digestivas, prejudicando:
- Quebra adequada das proteínas
- Absorção de nutrientes essenciais
- Esvaziamento gástrico adequado
Solução: Beber água 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições.
Erro 3: Combinações Alimentares Inadequadas
Certas combinações sobrecarregam o sistema digestivo:
- Proteínas animais + carboidratos refinados
- Frutas após refeições principais
- Laticínios + outras proteínas
Erro 4: Estresse Durante as Refeições
O sistema nervoso simpático (modo "luta ou fuga") inibe a digestão. Quando comemos estressados:
- Reduzimos a produção de ácido clorídrico
- Comprometemos a motilidade intestinal
- Prejudicamos a absorção de nutrientes
Erro 5: Consumo Excessivo de Alimentos Inflamatórios
Alguns alimentos podem irritar o trato gastrointestinal:
- Glúten (para pessoas sensíveis)
- Laticínios convencionais
- Alimentos ultraprocessados
- Álcool em excesso
Soluções Práticas
Para melhorar sua digestão imediatamente:
- Mastigue cada garfada 20-30 vezes
- Faça refeições em ambiente calmo, sem distrações
- Experimente fazer combinações mais simples
- Identifique alimentos que não te fazem bem
- Considere suplementos digestivos se necessário
Através da biorressonância, identifico com precisão quais alimentos e combinações são ideais para seu sistema digestivo único.
3 Estratégias para Manter Massa Muscular Durante o Emagrecimento
08 de Dezembro, 2025
2 min de leitura
Perder peso é uma coisa. Perder gordura mantendo ou ganhando massa muscular é outra completamente diferente. Muitas pessoas em dieta perdem músculo junto com gordura, o que é contraproducente para a saúde e estética.
O Caso do Desafio Cetogênico
Recentemente acompanhei um paciente que perdeu 1,4 kg em uma semana no desafio cetogênico. A bioimpedância revelou que metade dessa perda foi massa muscular. Isso nos alertou para a necessidade de estratégias específicas de preservação muscular.
Estratégia 1: Aumente a Frequência dos Treinos
Treinar quase todos os dias (5-6 vezes por semana) sinaliza ao corpo que os músculos são necessários. O estímulo frequente:
- Ativa vias de síntese proteica
- Melhora a sensibilidade à insulina muscular
- Previne a atrofia por desuso
Estratégia 2: Não Abandone a Musculação
Exercícios aeróbicos queimam gordura, mas só o treino de força mantém e constrói músculos. A musculação:
- Cria microlesões que estimulam o reparo e crescimento
- Aumenta a densidade mitocondrial muscular
- Melhora a composição corporal a longo prazo
Estratégia 3: Proteína no Timing Correto
Consumir proteínas de alta qualidade após o treino é crucial para:
- Recuperação das fibras musculares
- Síntese de novas proteínas contráteis
- Manutenção da massa magra durante déficit calórico
Fontes Ideais de Proteína Pós-Treino
Priorize estas opções nas 2 horas após o exercício:
- Whey protein isolate: Absorção rápida, rico em BCAA
- Ovos inteiros: Proteína completa + nutrientes essenciais
- Peixes: Salmão, atum, sardinha (proteína + ômega-3)
- Carnes magras: Frango, peito de peru, filé mignon
Suplementação Estratégica
Além da proteína, alguns suplementos podem ajudar:
- Creatina: Aumenta força e volume muscular
- BCAA: Previne catabolismo durante exercícios prolongados
- HMB: Reduz a degradação proteica muscular
Através da bioimpedância Tanita 8 eletrodos, monitoro precisamente a composição corporal dos meus pacientes, ajustando o protocolo para maximizar perda de gordura e minimizar perda muscular.
Farinhas Brancas e Açúcar: Entenda o Ciclo Vicioso que Impede seu Emagrecimento
08 de Dezembro, 2025
2 min de leitura
"Não posso parar de comer farinhas brancas!" Esta é uma das frases mais comuns no meu consultório. E a verdade é que não se trata apenas de "falta de força de vontade" - há mecanismos hormonais e metabólicos por trás desse comportamento.
O Efeito Montanha-Russa da Glicemia
Farinhas brancas e açúcar refinado são carboidratos de alto índice glicêmico. Quando consumidos:
- A glicemia sobe rapidamente
- O pâncreas libera insulina em grandes quantidades
- A glicemia cai abruptamente (hipoglicemia reativa)
- O corpo pede mais carboidratos para normalizar
Este ciclo se repete várias vezes ao dia, criando uma dependência fisiológica.
Resistência à Insulina: A Raiz do Problema
Com o tempo, as células tornam-se "resistentes" à insulina. Isso significa que:
- O pâncreas precisa produzir ainda mais insulina
- A gordura fica mais difícil de ser queimada
- A fome e os desejos por doces aumentam
- O ganho de peso se torna progressivo
Os Alimentos Mais Problemáticos
Estes são os principais vilões do ciclo vicioso:
- Pão branco: Absorção quase instantânea
- Bolos e doces: Açúcar + farinha = pico glicêmico duplo
- Bolachas e biscoitos: Açúcar escondido + gordura trans
- Pizza: Massa refinada + queijos processados
A Solução: Substituições Inteligentes
Você não precisa abandonar seus alimentos favoritos, apenas fazer trocas estratégicas:
Para Farinhas:
- Farinha de trigo branca → Farinha de aveia ou amêndoas
- Pão francês → Pão low carb ou integral fermentado
- Massa tradicional → Massa de abobrinha ou berinjela
Para Adoçantes:
- Açúcar refinado → Xilitol ou eritritol
- Adoçantes artificiais → Stevia pura ou taumatina
- Mel industrializado → Mel orgânico (com moderação)
Plano de Transição em 4 Semanas
Para quebrar o ciclo vicioso de forma sustentável:
- Semana 1: Identifique e reduza pela metade o consumo de farinhas brancas
- Semana 2: Substitua 70% dos alimentos problemáticos pelas versões saudáveis
- Semana 3: Adicione mais fibras e gorduras boas às refeições
- Semana 4: Observe a redução natural dos desejos e melhora da energia
Através do questionário de sinais e sintomas e da biorressonância, identifico suas sensibilidades alimentares específicas e crio um plano personalizado que respeita suas preferências enquanto promove saúde e emagrecimento sustentável.